26 novembro, 2006

Fascínio pelos (teus) sentidos.

Hoje, consigo ouvir a noite a chamar por mim.
Consigo sentir o vento a sussurrar-me ao ouvido e a tua voz aquece-me o corpo.
Gosto do que sinto e sobretudo do que vejo.
Vejo algo que vai mais além do que eu sou e do que algum dia podererei vir a ser sozinha. Vejo um nós, umas mãos dadas e duas almas que se completam de uma forma fascinantemente perfeita.
É estranho como às vezes pequenas coisas consequem enalecer e adoçar o espírito de qualquer um. Isso, também me fascina.
Aliás, comigo, não são poucas as coisas que me fascinam, algumas até demasiado.
Amo-te. Fascinas-me e pronto.
Sou extremamente feliz: contigo e com os meus fascínios também.

10 novembro, 2006

Momento

Se pudesses entender este bater do coração,
Nada neste mundo teria um fim.
Mas estou junto a ti amor,
Diz-me então, que mais importa?
Não perguntes porque vim.

27 outubro, 2006

Inverna-me.

Adoro a chuva.
São em noites como esta em que chove sem parar, que as palavras parecem fluir com mais facilidade. Não sei se é pela melodia que a chuva provoca ao bater nos vidros, não sei se é por me lembrar os dias frios, apenas sei que gosto e muito.
Consigo imaginar uma noite de chuva como esta, uma noite não muito fria, mas o suficiente para ter que me agarrar a ti para me sentir quente.
Vejo-nos a passear pela cidade deserta. Vamos andando por entre poças de água e candeeiros de rua.
Nós os dois de mãos dadas, debaixo do meu guarda-chuva vermelho. As nossas mãos unem-se, como nunca se uniram antes.
Tu sorris. Oh, gosto tanto quando esboças um sorriso.
Fazemos mimos e carícias apenas. Nada de falar, nada de estragar o momento com palavras (mesmo que fossem as mais belas do mundo).
Silêncio. (o nosso silêncio)
Mas diz-me, não será este silêncio, a maior, a mais verdadeira, a mais sentida e a mais intensa das palavras?

01 outubro, 2006

Apontamento #1

É contigo que me imagino com 70 anos, numa sala de cortinados encarnados já gastos pelo sol, sentada num sofá de pele preto a fazer palavras cruzadas e nos dias mais frios de Inverno, vejo-me a aconchegar-te as pernas com uma manta verde escura de algodão.
Nesta altura, sei que o amor verdadeiro existe e sorrio.
Sorrio, porque tenho o prazer de o partilhar contigo diáriamente...
E para sempre.


Carlota R.

24 setembro, 2006

Íman do Afecto

Há actos voluntários e actos involuntários.
Pensar com o coração é o acto involuntário que eu mais faço nos dias que correm.
Agir confiando unica e inteiramente no único sentimento que eu acredito que é verdadeiro: o amor.
Já me disseram uma vez que sou demasiado afectiva e que dou demasiada importância aos promenores.
Sim é verdade. Gosto de afecto. Tanto de dar como de receber.
Gosto de sentir a tua respiração atrás da minha orelha e os teus braços a envolverem-me o corpo. Gosto dos abraços apertados e dos olhares de cumplicidade.
Ás vezes, é melhor não nos deixarmos invadir pela razão e pelo pensar. Há que viver o momento e deixarmo-nos ir.
Quando estou contigo, deixo-me ir. Deixo que o que nos une fale mais alto e perco todos os meus medos e sinto-me em total segurança com o mundo que me rodeia.
Porque contigo, consigo ser mais do que alguma vez sonhei... consigo ser o auge da felicidade e envolver-me loucamente com ela.
Afecto, dou-te todo o meu afecto. E sabes que mais?
Tu também me dás o teu.. nem que seja, involuntáriamente.

Para ti, com amor.


Carlota R.

19 setembro, 2006

I want to make you feel beautiful.



Ali estávamos nós.
Eu e tu. Novamente só nós os dois, perdidos no tempo e sem intenções de o encontrarmos.
Todas as palavras que te disse, vieram directamente do coração, nenhuma delas foi pensada antes de ser dita, tudo o que disse naquele momento foi porque o senti (e sinto... oh se sinto!).
Sabes, quando se gosta de alguém, gosta-se de o tudo que essa pessoa é. Um tudo, onde estão incluídos defeitos e virtudes.
E é por isso que essa pessoa é tão especial. Porque consegues adorá-la, pô-la no topo dos topos, conheces todos os seus defeitos e mesmo assim consegues dizer, que essa pessoa que está ao teu lado, é perfeita...
Adoro o teu tudo.
E é um tudo que eu quero que fique comigo até ao fim dos meus dias.


Carlota R.

17 agosto, 2006

Para leres numa manhã de chuva

A saudade entrou nas nossas vidas, tal como os raios de sol invadem o horizonte logo pela manhã.
Com ela, trouxe um vazio, que de dia para dia aumenta e que tento preencher, mesmo sabendo que é em vão.
Porque sei, que no final do dia quando me for deitar e soltar aquele suspiro por ter sobrevivido a mais umas 24 horas sem ti, o vazio continua e ás vezes até é maior do que se estava á espera, ás vezes, é maior do que se consegue aguentar.
Cada dia é uma vitória, é um arrepio pelo corpo, é uma lufada de ar fresco cheia de energia para vencer a mais uma página do calendário, é um dia a menos na contagem decrescente para acabar com esta ausência.
Ausente, é como me encontro ao acordar todas as manhas e não te ver deitado ao meu lado. É acordar e suspirar por um sorriso teu, que sei, com toda a força que há em mim, que só chegará quando não houver mais ausência para gastar.

Carlota R.

04 agosto, 2006

Chega de Saudade

É difícil quando se tenta ignorar a saudade.
Ignorar, ou pelo menos não pensar tanto nela ou no seu motivo.
Hoje, não a consegui ignorar.
Apesar de terem poucos dias em comparação aos que aí se avizinham, não consegui deixar de as sentir, talvez um bocadito mais fortes que o habitual.
Uma coisa, é quando se sabe que não vamos ver quem mais queremos, mas mesmo assim comunicamos por escrita.
Outra, (completamente diferente), é ouvir a sua voz, sentir palpitações no coração, a respiração a ficar descoordenada e uma vontade (ainda mais forte que a habitual) de estar a seu lado e dizer-lhe as palavras mais belas do mundo.
Há coisas, que só o coração sabe.


Carlota R.

05 julho, 2006

Dizem que o amor não se encontra, que aparece por si só

Ele bateu-me à porta quando estava prestes a fechá-la.
Foi algo do tipo "I love you" e "I love you too".
Um abraço, uns beijos e uma alma entrega-se à outra.
Num segundo duas vidas tornaram-se numa.
Esperanças, sonhos, medos e desejos foram rendidos à outra pessoa.
A outra pessoa. A mais importante de toda a minha vida.

Aquela com quem quero partilhar um por-do-sol e uma viagem de barco.
A que me faz voar e sonhar com um simples olhar.
Apareceu. E parece-me que a porta vai ficar aberta por mais algum tempo.


Carlota R.

29 junho, 2006

Fria, calada e secreta


É uma noite fria.
Sim, daquelas noites frias em que percebemos realmente que o Verão está a acabar (se não é que já acabou).
Está escuro e a minha única companhia são os candeeiros, que fazem com que a noite não pareça tão escura e fria como é realmente.
Isso, ou os carros que passam de uma em uma hora, que mandam beatas e garrafas pela janela ao som de algo apelidado de "música-de-discoteca".
Consigo (e tento) apreciar o silencio. Ouço os grilos. São o único ruído, para além do barulho da rebentação do mar.
Vou a caminho de casa, foi uma noite longa. Estou sozinha e estou bem.
Gostava de te ter a meu lado, sim, a ti. A tua voz a mim nunca me incomoda.
Queria ter-te aqui comigo, queria que falasses sobre os teus gostos, e quem sabe desgostos. Que me dissesses o que te faz feliz (faço-te feliz?) e o que te faz chorar. E então eu dizia: "Está frio", e tu olhavas para mim e lançavas-me um sorriso e aí sim.
Aí saberia exactamente, que aquela noite, não foi fria despropositadamente.

Carlota R.

Expressão & Dor


Os sentimentos andam à deriva,
As emoções confundem-se.
O corpo expressa-se de uma forma inimaginável,
De uma forma, que mais nenhum ser consegue.
Chora de sofrimento,
Contorce-se de dor,
Cria sombras melancolicamente depressivas.
Ouve-se gritos,
A noite caí,
E alguem tem o coração nas mãos..