27 outubro, 2006

Inverna-me.

Adoro a chuva.
São em noites como esta em que chove sem parar, que as palavras parecem fluir com mais facilidade. Não sei se é pela melodia que a chuva provoca ao bater nos vidros, não sei se é por me lembrar os dias frios, apenas sei que gosto e muito.
Consigo imaginar uma noite de chuva como esta, uma noite não muito fria, mas o suficiente para ter que me agarrar a ti para me sentir quente.
Vejo-nos a passear pela cidade deserta. Vamos andando por entre poças de água e candeeiros de rua.
Nós os dois de mãos dadas, debaixo do meu guarda-chuva vermelho. As nossas mãos unem-se, como nunca se uniram antes.
Tu sorris. Oh, gosto tanto quando esboças um sorriso.
Fazemos mimos e carícias apenas. Nada de falar, nada de estragar o momento com palavras (mesmo que fossem as mais belas do mundo).
Silêncio. (o nosso silêncio)
Mas diz-me, não será este silêncio, a maior, a mais verdadeira, a mais sentida e a mais intensa das palavras?

3 comentários:

ScreenLock disse...

Gostava de ter um amor assim. O que tive gastou-se antes do tempo.

CP disse...

:)
Gostei muito mesmo do "Inverna-me" :P

Sara M. disse...

Quem me dera saber dizer algo tao bonito como isto...

Porque sentir, eu ja sinto*

**